Na passada Wednesday Thoughts on Art, ficamos a pensar sobre a perspectiva de Tolstoi sobre “True Art”. Para ele, a verdadeira arte só era encontrada quando a peça comunicava ao público a verdadeira emoção singular do artista - e, portanto, a sua criação era um exercício de sinceridade e autenticidade. Se a peça valesse a pena ser chamada de Arte, então transmitiria ao público, clara e profundamente, a natureza dos sentimentos do artista. A arte funcionaria como um elo emocional entre o criador e o espectador, como um dialeto fluido dependente de elementos externos para se perpetuar. Isso é problemático se considerarmos um artista que pinta ou compõe para ninguém - sem nada para conectar os sentimentos do autor, a obra de arte seria dissoluta em nada, e não seria considerada arte. É difícil negar o título de "Artista" a um idealista de paciência, a um niilista independente ou a um introvertido cheio de segredos: é como se, mesmo sem público, o valor interno do trabalho propriamente dito servisse para provar que ele é um artista - e quem não imagina a clássica imagem romântica do génio solitário, a criar algo para ele próprio? E se o autor criasse um alter-ego, se todas as emoções são fabricadas, seria ele um artista? Ou poderia alguém ser considerado artista se depois de criar algo ele/ela queimasse as suas obras? Isto levanta a questão sobre a arte como uma relação: “After the last Man Dies, is there any art left?”. Deixe-nos saber o que pensa sobre a teoria de Tolstoy.
Na próxima semana, vamos dar ver uma perspetiva que eu pessoalmente tenho em grande consideração. Até lá, boa quarta-feira! A propósito, esta pintura de Van Gogh foi destruída pelo fogo na Segunda Guerra Mundial ... Artur Deus Dionisio
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