Há 191 anos atrás, William-Adolphe Bouguereau, um pintor acadêmico e tradicionalista francês, nasceu. Costumava retratar temas mitológicos em suas pinturas mais realistas, fazendo interpretações modernas sobre assuntos clássicos com ênfase no corpo feminino. Durante a vida, desfrutou de certa popularidade na França e nos Estados Unidos. À ele foram dadas honrarias e altos preços por sua obra.
Bouguereau foi confortado pela vanguarda Impressionista e, por volta do início do século XX, o público começou a rejeitar sua arte. Na década de 1980, o interesse pela pintura figurativa levou à redescoberta de Bouguereau e sua obra. Ao longo da vida, executou 822 pinturas conhecidas, contudo, o paradeiro de muitas delas ainda é desconhecido.
Vamos falar sobre a pintura. Biblis era filha de Milo de Creta, que infelizmente apaixonou-se pelo seu irmão gêmeo, Cauno. Biblis reconheceu seu amor por Cauno, e apesar de suas tentativas iniciais de convencer-se de que esses sentimentos eram naturais, ela percebeu que eram impróprios. Incapaz de esconder seu amor por Cauno, ela envia uma longa carta de amor, exemplificando um casal de deuses incestuoso, para ele. Desapontado ele foge. Acreditando que poderia convencê-lo sobre a reciprocidade do amor, ela vai em sua procura com o intuito da corte mais uma vez. A pintura retrata o momento que Biblis persegue o irmão após ele entrar em fuga. Ela o segue por quase toda a Grécia e Ásia Menor até falecer devido à tristeza e à longa jornada. Como estava sempre chorando, transformou-se em um riacho.
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