Acredita-se que Qays ibn-al Mullawah era um poeta beduíno no século XVII. Era fascinado por Layla al-Aamiriya, uma jovem rica que pertencia à mesma tribo. Embora o amor fosse recíproco, a família de Laila não aprovava a união e proibiu-os de estarem juntos. Laila casou-se pouco tempo depois com outro homem e permaneceu uma esposa fiel (em algumas versões da história, ela não chegara a consumar o casamento em lealdade para com seu verdadeiro amor). Ao ouvir as notícias do casamento, Qays, de coração partido, fugiu dos seus pais desolados e vagueou pela floresta onde foi levado à loucura. Passou os seus dias e noites a chorar pela Laila e escrever poesia, ganhando o epíteto Majnun ("aquele que está louco de amor").
Apesa de haver várias versões da história em tradições árabes, turcas, na Índia e Azerbeijão, a lenda de Laila e Majnun tornou-se popular no século XII pelo grande poeta persa Nizami Ganjavi.
O quadro de hoje apresenta Laila a visitar Majnun na floresta. Majnun está abatido e encolhido uma vez que já não come e está rodeado por animais da floresta. Acredita-se que os animais mostram a grande compaixão de Majnun e foram os seus companheiros constantes.
- Maya Tola
P.S. Mihrabs são pequenas obras-primas da arte islâmica. Leia mais sobre elas aqui!