Na minha opinião este retrato é um dos mais belos alguma vez criados. É tão poderoso - não dá para tirar os olhos dele.
Manet conheceu Berthe Morisot em 1868. Ela era a sobrinha-neta de Fragonard, e também uma pintora impressionista; Morisot e Manet influenciaram o trabalho um do outro. Ele pintou o retrato dela diversas vezes, inclusive na sua obra anterior, A Varanda. Apesar de haver algumas suspeitas de que os dois estavam apaixonados, ele já era casado, e não há confirmação de que tenha havido qualquer romance. O que é sabido é que ele a pintou várias vezes, e parou quando ela se casou com o irmão de Manet, Eugène, em 1874.
Esta composição sublime em tons de preto é outra demonstração do virtuosismo de Manet. Mas ele pode ter trambém usado a obra para transmitir uma lição à sua jovem discípula, lembrando-a das incríveis possibilidades do preto numa altura em que as suas pinturas se estavam a tornar mais claras de tom, à medida que ela se seguia no caminho do impressionismo. Este retrato fascinante foi imediatamente considerado pelos seus amigos como uma das obras-primas do artista. Paul Valery também lhe teceu elogios no seu prefácio para o catálogo da retrospectiva do autor em 1932: "Eu não classifico nada do trabalho de Manet acima de um certo retrato de Berthe Morisot de 1872".
P.S. Caso queira saber mais sobre o possível caso amoroso destes dois artistas famosos, dê uma vista de olhos na nossa rúbrica de mexerico no impressionismo aqui :D
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