Nesta dramática cena noturna, Henry Ossawa Tanner gravou a Celebração dos Mortos de 13 de julho de 1919, em Paris, para homenagear os que morreram a defender a França durante a Primeira Guerra Mundial. Aqui, a multidão é apresentada como uma multidão anónima; as figuras convergem perante um cenotáfio, ou túmulo vazio, brilhantemente iluminado, temporariamente erigido atrás do Arco do Triunfo, um dos símbolos de Paris. Como em muitos dos noturnos religiosos de Tanner, a paleta fria de cerúleo e as tonalidades suaves evocam um estado de espírito solene e até espiritual.
Paris era um tema familiar para Tanner, um artista afro-americano expatriado de renome internacional que residiu na capital francesa e na Bretanha durante a maior parte da sua vida adulta. Tanner mudou-se para Paris em 1891 para estudar na Académie Julian e foi aclamado nos círculos artísticos franceses; decidiu viver lá, onde sentiu que a sua etnia não tinha tanta importância para os outros artistas e críticos. Durante essas décadas no exterior, Tanner sofreu preconceito racial em menor grau do que nos Estados Unidos e desfrutou de maior liberdade e oportunidade artística.
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