Os Kachō-e japoneses ("quadros de pássaros e flores") proporcionavam uma pausa encantadora do melodrama do kabuki-e para os entusiastas da gravura. Os primeiros kachō-e eram influenciados pelas tradições chinesas e procuravam captar a essência da natureza em relação às estações do ano, referências poéticas ou valores religiosos. As imagens de aves tinham frequentemente significados simbólicos — como o grou, associado à longevidade. No século XX, o enfoque deslocara-se para o simples prazer das vistas íntimas da natureza, afastando-se destas associações simbólicas.
Ohara Shōson, o mais célebre artista de shin-hanga ("nova gravura") kachō-e, concebeu mais de 450 composições de aves. Formado em Nihonga (pintura ao estilo japonês) sob o nome de Koson, especializou-se nos estilos naturalistas da escola Maruyama-Shijō. Trabalhou inicialmente em trípticos senso-e que retratavam a Guerra Russo-Japonesa, mas mais tarde concentrou-se na criação de representações íntimas shin-hanga de aves nos seus habitats naturais.
O estilo naturalista de Shōson, caracterizado por delicadas aguarelas, distinguiu-o de outros designers contemporâneos de kachō-e e ganhou popularidade tanto no Japão como no Ocidente. As obras de Shōson são sobretudo conhecidas pela sua tranquilidade, embora algumas sejam mais dramáticas. Outras apresentam um humor suave e um encanto decorativo, como a Catatua e a Romã, parte de uma série de composições de catatuas. Esta peça introduziu contrastes ousados entre figura e fundo e assemelha-se a uma pintura sobre seda.
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