Marie Bertuch
A jovem mulher retirou-se para um canto isolado de um jardim para ler a sua carta. Sem ser notado, o espetador partilha este momento íntimo. Através da utilização, pela artista, dos mesmos tons pastel e das pinceladas pontilhadas, o retratado parece fundir-se com o ambiente que o rodeia. Como muitas das suas colegas artistas, Marie Bertuch caiu no esquecimento. Tendo recebido a sua formação artística em Zurique, Nova Iorque e Paris, decidiu seguir-se pelo impressionismo francês. Ela e o seu marido, o professor de literatura August Bertuch, viveram em Paris e Frankfurt.
Pouco se sabe sobre as circunstâncias que rodearam a aquisição desta obra. Else Krüger-Pose, residente no bairro de Römerstadt, em Frankfurt, escreveu uma carta ao Museu Städel em maio de 1941, oferecendo-se para doar o quadro. A tela está documentada como tendo chegado ao museu no mês seguinte: “[A] obra do pintor Bertuch chegou em boas condições”. Presumivelmente, permaneceu no Städel sem danos durante a guerra, enquanto a maior parte da coleção do museu já tinha sido guardada noutro local em 1939.
Esta bela obra é apresentada na exposição Mulheres artistas entre Frankfurt e Paris por volta de 1900, patente no Museu Städel em Frankfurt até 27 de outubro de 2024. A não perder!
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